Informações sobre a Rinite Atrófica

04-02-2011 00:02

 

A rinite atrófica ozenosa tem maior incidência em países de baixo desenvolvimento sócio-econômico, principalmente no sexo feminino e geralmente manifesta-se na infância.
Segundo classificação de CADAR, as rinites atróficas podem ser classificadas como primária, secundária e ozenosa.
A rinite atrófica primária (idiopática) ocorre em um nariz previamente normal. A etiologia da doença continua desconhecida, mas vários estudos têm sugerido uma multiplicidade de fatores. Infecção bacteriana crônica do nariz e seios paranasais (particularmente por Klebsiella ozaenae), deficiências nutricionais, alterações hormonais, desordens vasculares, distúrbio imunológico, predisposição hereditária e exposição crônica a agentes irritantes e tóxicos são algumas das hipóteses propostas na literatura. Recentemente, Garcia e colaboradores propuseram a hipótese de que vários sintomas da rinite atrófica podem ser explicados por uma distribuição anormal do fluxo de ar na cavidade atrófica e por uma redução na área superficial do nariz, levando a níveis excessivos de evaporação do muco nasal e ressecamento da mucosa. Simulações computacionais do fluxo de ar no nariz de um paciente com rinite atrófica suportam esta hipótese.
 
A rinite atrófica secundária ocorre mais comumente como uma complicação pós-operatória tardia de cirurgia nasal. Pode resultar também da destruição da mucosa nasal associada a doenças infecciosas ou granulomatosas como tuberculose, sífilis, hanseníase, sarcoidose, rinoscleroma e lúpus vulgar.
 
Ambas as formas da doença, primária e secundária, resultam em uma cavidade nasal ampla, com epitélio metaplásico, pobre em cílios e elementos glandulares, e cobertos com crostas espessas e fétidas.
A Rinite Ozena é caracterizada pela tríade sintomática composta de atrofia osteomucosa sem ulcerações, crostas amarelo-esverdeadas e fetidez intensa.

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